"Com uma tal falta de literatura, como há hoje, que pode um homem génio fazer se não converter-se, ele só, em uma literatura? Com uma tal falta de gente coexistível, como há hoje, que pode um homem de sensibilidade fazer se não inventar os seus amigos, ou, quanto menos, os seus companheiros de espírito?" - Fernando António Nogueira Pessoa
06/12/2009
Despedida de Romeu a Julieta
Julieta, Julieta, Julieta!
Gritarei eu ao céu
Infinitas vezes o teu nome;
Para que o mundo,
Cego, Surdo e Mudo
Saiba que alguma vez:
Eu Romeu te amei…
E serás sempre e sempre eterna…
A outra metade de mim…
“- Uma maldição sobre ambas as casas!”
Será então amar maldição?
Se é;
Então maldito seja eu
Pois eu amo…
Amo eternamente!
Caia então sobre mim a morte
Me julgue e me condene neste meu fim.
Como te julgou a ti;
Julieta;
A outra metade de mim!…
Sem ti incompleto eu sou.
Apenas um louco fugindo nas sombras;
Como esses a quem chamam poetas!
Pois para mim és sol
Que me ilumina à noite
És estrela que me leva…
Nos sonhos perdidos que eu te dei…
Um último olhar sobre ti.
Continuarás sempre bela…
Pois jamais a morte consumirá a tua beleza.
Parece que a inveja…
E a quer só para si!
Um último beijo nos teus lábios…
Que eterno seja este momento,
Gravado na minha alma…
Adeus Julieta,
A outra metade de mim!
Não serei mais incompleto,
Irei para ti!
O veneno consome-me a razão…
O delírio Julieta!
Parto agora meu amor.
Mas sei que o tempo passará…
E quando se falar em amor;
Será de nós que falarão…
Será de nós!
Pois o amor é assim…
A metade da outra metade!...
E vejo o azul de teus olhos…
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