15/03/2008

Mar...


Neste mar onde vivo...
Onde mergulho...
Em que me afogo...
Há algo mais que pura tristeza...
À mágoa no fundo deste lago imenso...
Um tal sentimento...
Tão intenso...
De uma tal solidão...
Profunda como este mar estrangeiro...
Uma mágoa perdida...
Escondida entre falsos sorrisos...
Entre falsas palavras de amor...
E perdido, nado à deriva
Sem encontrar
Quem me venha salvar...
Estou no fundo...
Nunca outrora vi tal negro...
Esta tal mágoa de amor...
Que me beija...
E me envenena
Toda a felicidade...
Neste mar de água suja...
Suja de sangue...
Entre qual não consigo caminhar...
Um sangue de uma alma ferida...
E neste lago em que reina a mágoa...
Sinto medo...
Pois um tal ódio ferve no meu coração...
E o negro poeta que se encontra dentro de mim
Pede para sair...
Sei que muito mais tempo não irei resistir...
Os meus olhos cegos...
Vêem um escuro...
Um negro ódio...
E medo...
Nestas lágrimas de vermelho...
Choro saudade
Daquela tal ignorância...
De uma infância...
Em que fui rei...
E batalhei por mim próprio...
Sem saber porquê?...
E sem questionar...
Mar negro de escuridão...
Não corrompas este falso coração...
Este coração que não bate...
Porque está carregado de mágoa...
Que não sabe para onde ir...
Pois ficou preso em ti...
No teu imenso...
Nessa tua mágoa
De escuridão...

Sem comentários: