26/06/2008

Nazgül…

Outrora foste rei
Rei de um reino
e rei de alguém…
Não estás aqui,
mas não te encontras no além
Não és passado do que foste,
não és presente do que és agora,
nem és futuro do que irás ser…
Não és nada!
Apenas um espectro
Perdido
Preso sabe-se lá onde…
Talvez num mundo paralelo a este
E esse mesmo mundo,
paralelo a todos os outros.
Sofres como quem vive
Mas lamentas
como quem está a morrer…
Perante a grandeza que outrora fruíste
Quiseste mais…
Mais do que era imaginável ter
Mas na tua arrogância de tudo ter
Ficaste sem nada…
Sem a própria
E sem a hipótese de morrer
Ficaste até;
sem a tua vontade
que, se alguma vez a tiveste
Sucumbiu…
Ao desejo do nada
Ninguém te pode matar
Mas também ninguém te pode amar…
Nazgül…
Este é o teu nome…
Teu nome é sopro
O sopro da morte
Que vem soprar a vida…
(A Completar)

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